quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Atletas de bocha paralímpica aprovam acessibilidade no Galeão

Atletas de bocha paralímpica aprovam acessibilidade no Galeão
Para auxiliar os operadores aeroportuários e companhias aéreas,
 foi lançado o Guia de Direitos e Acessibilidade do Passageiro
O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, passou por importante teste de acessibilidade ao recepcionar, no início da semana passada, e embarcar, no último domingo (15.11) e segunda (16.11), as delegações que participaram do Torneio Internacional de Bocha. O evento-teste da modalidade foi realizado no Riocentro de 12 a 14 de novembro. Entre brasileiros, israelenses, russos, portugueses e britânicos, passaram pelo Galeão 18 cadeirantes, considerando atletas e comissão técnica.

A reportagem do brasil2016.gov.br acompanhou no domingo o embarque das delegações de Israel e Rússia, que juntas contabilizam sete passageiros em cadeiras de rodas. As equipes chegaram ao Terminal 1 do Galeão cerca de três horas antes do voo, em vans acessíveis fornecidas pelo Rio 2016. Os atletas desceram dos veículos já em suas cadeiras – incluindo as motorizadas, que são maiores – por meio de pequenos elevadores acoplados às vans. As delegações receberam apoio de representantes do operador do aeroporto, o Riogaleão, e do Rio 2016 durante os procedimentos de check-in, passagem pelo detector de metais, área de controle da Polícia Federal e, por fim, na entrada na aeronave, momento em que os agentes da companhia aérea auxiliaram na retirada dos atletas das cadeiras, no envio delas para a área de bagagens e na acomodação dos passageiros.

“Todos foram muito receptivos e prontos para ajudar o tempo todo. Em cada passo dos procedimentos nós fomos auxiliados. Normalmente, por causa das cadeiras de rodas, temos que esperar muito, e aqui não foi assim”, disse Yulia Grevtseva, especialista esportiva da Federação Russa de Bocha.

David Smith, atleta da delegação britânica, destacou a eficiência na chegada ao Rio de Janeiro. “A chegada foi boa e bem preparada. Pegaram os nossos passaportes já no avião. Então nós literalmente saímos, pegamos as cadeiras e fomos ao hotel. O voo chegou super tarde da noite e estávamos muito cansados. Foi ótimo ter ido diretamente para o hotel”, explicou.



DESAFIO
 - O trabalho foi supervisionado pelo Comitê Técnico de Operações Especiais (Ctoe) da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero). “Para nós, os Jogos Paralímpicos representam um desafio ainda maior que os Jogos Olímpicos. O evento-teste é uma excelente oportunidade pra testar os fluxos previstos no Manual de Planejamento do Setor de Aviação Civil para os Jogos. Observamos desde o desembarque dos atletas da aeronave até a saída no meio-fio, assim como o contrário, da chegada ao meio-fio até a entrada na aeronave. De maneira geral, a avaliação é positiva”, disse Thiago Meirelles, coordenador do Ctoe e coordenador geral de Investimentos do Departamento de Gestão Aeroportuária da Secretaria de Aviação Civil (Sac).


O Ctoe reúne integrantes da Sac, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e da Casa Civil. Além de representantes desses órgãos, os procedimentos no Galeão com as delegações da bocha foram acompanhados pela Autoridade Pública Olímpica.

“O trabalho é feito o tempo todo em parceria com o operador aeroportuário – o Riogaleão – e com as companhias aéreas nacionais e internacionais, no sentido de a gente criar procedimentos-padrão no embarque e no desembarque desses atletas, para prestar o mais digno atendimento. Temos também o Comitê Rio 2016 que tem dado todo o suporte no embarque e desembarque. A gente percebe uma integração elevada do Comitê com o operador do Galeão e as empresas aéreas”, afirmou Meirelles.

LEGADO - Para auxiliar os operadores aeroportuários e companhias aéreas, foi lançado, na semana passada, o Guia de Direitos e Acessibilidade do Passageiro, que esclarece responsabilidades e deveres na garantia do atendimento íntegro às pessoas que precisam de assistência especial. A cartilha reforça, por exemplo, os prazos para serem oferecidos equipamentos de embarque como o ambulift ou rampas nos aeroportos. Um grupo de trabalho, coordenado pela Sac, também foi criado, em outubro, para orientar a padronização dos procedimentos entre operadores e companhias aéreas, com base na resolução 280/2013 da Anac, que dispõe sobre acessibilidade nos aeroportos.

“Com o grupo de trabalho, a gente espera ter essa padronização e não ter problemas nos Jogos. Mas o mais importante é que isso sirva como legado para o nosso país, porque não adianta pensar no período dos Jogos, os procedimentos de acessibilidade devem ficar como legado para o sistema aeroportuário brasileiro”, finalizou Thiago.

Fonte: Secretaria de Aviação Civil - Com informações do Portal Brasil2016.gov.br 

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