quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Governo gaúcho opinará sobre concessão para novo aeroporto em Porto Alegre

Ministro Eliseu Padilha adiantou que decisão final será da presidenta Dilma Rousseff

ministro da Aviação, Eliseu Padilha, esteve reunido na última sexta-feira (9) com o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, para discutir proposta de concessão do aeroporto Salgado Filho e também a de um novo aeroporto para receber aviões maiores, de cargas e de passageiros, na região metropolitana de Porto Alegre. Padilha entregou ao governador um documento em que o DECEA afirma que o novo empreendimento, sob o seu ponto de vista, é perfeitamente viável. Após o encontro, ficou definido que o governo do estado vai analisar a proposta, com celeridade.

Também participaram da reunião, secretários do governo, além de deputados federais e estaduais.

O ministro enfatizou aos participantes que a decisão final será da presidenta Dilma Rousseff. Entretanto, o ministro sinalizou que a melhor opção é a Concessão, pois esta trará maior celeridade para a solução reclamada pela sociedade gaúcha. Em 2014, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) já havia defendido a proposta.

“Tivemos uma reunião bastante frutífera. O Governador determinou que um grupo de trabalho avaliasse o tema com celeridade. O Secretário de Infraestrutura do Estado, que participou da reunião, externou ampla concordância com a proposta de concessão. Logo que o estado se manifeste vamos levar a proposta para a presidenta Dilma Rousseff, para que ele autorize ou não o início do processo de concessão”, afirmou o ministro da Aviação. “A questão é: deve-se investir mais de R$ 1 bilhão em reformas no Salgado Filho, para uma solução de apenas 10, 12 anos, ou é melhor outra alternativa? A resposta da SAC é: Como poderemos manter a excelente operação do Salgado Filho para passageiros e ainda ganharmos, em prazo relativamente curto, um novo Aeroporto para cargas e passageiros, inclusive para voos transcontinentais, sem custo algum para os cofres públicos, esta é a melhor solução”, explicou o ministro.

Ainda segundo Padilha, a atratividade da proposta é que o consórcio vencedor do leilão opere os dois aeroportos, pelo prazo licitado.

O governador Sartori também defendeu a proposta. “Mesmo com a expansão econômica do Rio Grande do Sul, é necessário pensar que o Estado não suportará a concorrência de dois aeroportos no raio de 20 quilômetros. Por isso a alternativa de um modelo de concessão administrativa para um mesmo conglomerado de empresas”, argumentou.

O novo terminal aéreo deve ser construído na região metropolitana de Porto Alegre, entre os municípios de Nova Santa Rita e Portão. De acordo com o ministro Padilha, a proposta da SAC é de que o aeroporto seja referência no transporte de cargas, com quatro pistas de quatro mil metros cada, semelhantes à existente no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Sobre desocupações necessárias, de 1634 famílias de posseiros ou de proprietários, caso a pista do aeroporto Salgado Filho seja ampliada, o ministro Padilha esclareceu que elas estão localizadas em três vilas:

Vila Floresta:
- 172 casas (processos de desapropriação) indenizadas na região. Restam 25 famílias no local. Segundo a Infraero, já há negociação judicial para a remoção, mas, como as casas não atrapalham a operação atual do aeroporto, só o início das obras, a Empresa decidiu por isolar a área e proceder à realocação quando estiver contratada e em execução a intervenção.

Vila Dique:
- 1.476 famílias. De acordo com a Infraero, a Prefeitura já realizou a maioria das realocações (em torno de 1.000 famílias), e o restante aguarda a conclusão das residências  contratadas pelo governo municipal. Segundo a Infraero, a realocação realizada até o momento já permite o início das obras.

Vila Nazaré:
- Segundo a Infraero, a remoção dessas famílias não atrapalha o início das obras, só a realocação do ILS (instrumento de navegação) e a construção da RESA (área de segurança após o término da pista), além da homologação da expansão pela ANAC. De acordo com a Infraero, ainda não houve realocação das famílias, pois a Prefeitura, responsável pela desapropriação, está negociando com a Caixa para uma 2ª etapa do Programa “Minha Casa Minha Vida” para essa localidade. São, de acordo com o relatório do PAC, 1.133 famílias que aguardam essa solução, porém ainda não há prazo para acontecer. Ainda de acordo com a Infraero, as indenizações, onde cabiam, já foram realizadas. Essas atuais pendências são de invasões, que precisam, portanto, serem realocadas, e não indenizadas. Dessa maneira, as remoções necessárias para o início das obras já foram realizadas - e as 25 restantes da Vila Floresta já se encontram em negociação judicial.

AVIAÇÃO REGIONAL
Durante o encontro, o ministro da Aviação aproveitou para solicitar a colaboração do Governo Estadual para a célere implantação do Programa de Aviação Regional, prioridade eleita pela Presidenta da República.

O programa de responsabilidade da SAC adequará 270 aeroportos no interior de todo o país, para promover o desenvolvimento econômico e a integração de todo o território nacional, mediante a operação de voos comerciais regulares, de alta qualidade e a preços competitivos. No Rio Grande do Sul, são 15 os aeródromos contemplados: Santa Rosa; São Borja; Uruguaiana; Alegrete; Santo Ângelo; Erechim; Passo Fundo; Santa Maria; Bagé; Santa Cruz do Sul; Caxias do Sul; Gramado; Pelotas; Rio Grande; e Santa Vitória do Palmar.

O Governador do Estado comprometeu-se a colaborar com a celeridade do programa, na parte que lhe couber, especialmente no que tange ao Licenciamento Ambiental.



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